INFLUÊNCIA DOS MEIOS DE ESTOCAGEM DURANTE O TRANSPORTE DE OVÁRIOS BOVINOS A 4°C SOBRE A RECUPERAÇÃO E QUALIDADE OOCITÁRIA

Autores

  • A. R. S. DEUS Laboratório de Biotecnologia Animal, Universidade Federal Rural do Semi-Árido
  • M. B. SILVA Laboratório de Biotecnologia Animal, Universidade Federal Rural do Semi-Árido
  • M. V. O. SANTOS Laboratório de Biotecnologia Animal, Universidade Federal Rural do Semi-Árido
  • L. B. QUEIROZ NETA Laboratório de Biotecnologia Animal, Universidade Federal Rural do Semi-Árido
  • A. A. BORGES Laboratório de Biotecnologia Animal, Universidade Federal Rural do Semi-Árid
  • A. F. PEREIRA Laboratório de Biotecnologia Animal, Universidade Federal Rural do Semi-Árido

DOI:

https://doi.org/10.15361/2175-0106.2017v33n2p44-50

Resumo

O objetivo foi avaliar diferentes meios na presença e ausência de soro fetal bovino (SFB; 10%) durante o transporte por 24 h de ovários a 4°C sobre a recuperação e a qualidade oocitária bovina. Cinco experimentos foram realizados comparando: (E1) NaCl vs. NaCl+SFB vs. controle (não resfriado), (E2) PBS vs. PBS+SFB vs. controle, (E3) DMEM vs. DMEM+SFB vs. controle, (E4) DPBS vs. DPBS+SFB vs. controle e (E5) melhores resultados dos experimentos anteriores. Após a aspiração folicular, oócitos foram avaliados quanto à qualidade por critérios morfológicos e ensaio de azul cresil brilhante. Ainda, células dos cumulus de oócitos viáveis foram avaliadas quanto à viabilidade pelo azul de tripan. No E1, NaCl permitiu uma maior taxa de recuperação em relação ao NaCl+SFB (46,0% vs. 39,6%), enquanto que os demais parâmetros não foram alterados. Já no E2, o SFB em PBS influenciou positivamente a taxa de recuperação (41,2% vs. 32,8%) e a viabilidade celular (46,3% vs. 41,7%), quando comparado ao PBS. No E3, o SFB em DMEM teve uma influência negativa sobre a taxa de recuperação (39,9% vs. 40,7%) e avaliação morfológica (59,0% vs. 73,1%). Contudo, a adição de SFB ao DMEM se mostrou benéfica à viabilidade celular (42,0% vs. 34,5%). Em relação ao E4, a presença de SFB em DPBS influenciou positivamente a viabilidade celular (50,7% vs. 47,0%). Já no E5, comparando os melhores grupos [NaCl, PBS+SFB, DMEM, DPBS+SFB], a viabilidade celular mostrou uma maior porcentagem em DMEM (54,0%) e DPBS (54,5%), quando comparada a NaCl (48,3%) e PBS (50,1%). Em conclusão, a presença do SFB em meios com alta capacidade de tamponamento (PBS e DPBS) pode se mostrar benéfica. Contudo, DMEM e DPBS resultam num ambiente mais propício para o resfriamento de ovários bovinos.

Biografia do Autor

A. R. S. DEUS, Laboratório de Biotecnologia Animal, Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Laboratório de Biotecnologia Animal, Universidade Federal Rural do Semi-Árido

M. B. SILVA, Laboratório de Biotecnologia Animal, Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Laboratório de Biotecnologia Animal, Universidade Federal Rural do Semi-Árido

M. V. O. SANTOS, Laboratório de Biotecnologia Animal, Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Laboratório de Biotecnologia Animal, Universidade Federal Rural do Semi-Árido

L. B. QUEIROZ NETA, Laboratório de Biotecnologia Animal, Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Laboratório de Biotecnologia Animal, Universidade Federal Rural do Semi-Árido

A. A. BORGES, Laboratório de Biotecnologia Animal, Universidade Federal Rural do Semi-Árid

Laboratório de Biotecnologia Animal, Universidade Federal Rural do Semi-Árid

A. F. PEREIRA, Laboratório de Biotecnologia Animal, Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Alexsandra Fernandes Pereira possui graduação em Química pela Universidade Estadual do Ceará (2001-2004), mestrado (2005-2006) e doutorado em Ciências Veterinárias (2007-2010) na mesma instituição, com estágio doutorado-sanduíche pela Universidade de Buenos Aires, Argentina. Possui pós-doutorado em transgênese animal através do Programa Nacional de Pós-Doutorado (PNPD) do CNPq (2011-2013). Desde 2013, é professora do curso de graduação em Biotecnologia e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal (PPCA), do Departamento de Ciências Animais (DCAN), da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), ministrando as disciplinas de Histologia e Embriologia Animal, Cultura Celular Básica, Biotecnologia Animal e Técnicas avançadas de manipulação embrionária. Atualmente, é professora Adjunta C, nível 1, orientadora de doutorado, mestrado e iniciação científica. Responsável técnica do Laboratório de Biotecnologia Animal (LBA/UFERSA) onde desenvolve pesquisas com ênfase em biotécnicas aplicadas à conservação e reprodução animal (cultivo celular, partenogênese, fecundação in vitro e transferência nuclear de células somáticas).

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Publicado

15/03/2018

Edição

Seção

Animal Reproduction/Reprodução Animal