AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE LEITE E DERIVADOS INFORMAIS NO MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS, BRASIL

Autores

  • A. S. M. FLORINDO Faculdade Qualittas, Rua Padre Leonel França, 641 - Jardim Leonor, Campinas - SP, 13041-190
  • G. V. SOUZA Médica Veterinária Autônoma
  • V. C. COMIN Centro Universitário Central Paulista, R. Miguel Petroni, 5111 - São Carlos - SP, 13563-470
  • N. M. NESPOLO Universidade Federal de Sergipe, Núcleo de Medicina Veterinária do Sertão
  • G. A. M. ROSSI Faculdade Qualittas, Rua Padre Leonel França, 641 - Jardim Leonor, Campinas - SP, 13041-190

DOI:

https://doi.org/10.15361/2175-0106.2021v37n2p74-82

Resumo

O Brasil possui um dos maiores rebanhos produtivos do mundo, ocupando lugar de destaque na produção mundial de leite. Para chegar ao consumidor, o leite e seus derivados passam por diversas etapas que vão desde a ordenha das vacas nas propriedades rurais até a sua distribuição no comércio. Todos esses produtos devem ser inspecionados por uma das autoridades competentes das esferas federal, estadual ou municipal, que irão fiscalizar as práticas higiênico-sanitárias utilizadas em toda a cadeia produtiva. Porém, sabe-se que, atualmente, existe a venda e consumo de leite e derivados que não foram inspecionados (clandestinos), o que pode acarretar em riscos à saúde da população. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento dos consumidores sobre as Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA’s) e sobre o consumo informal do leite e seus derivados, com posterior conscientização sobre os perigos de consumir esses produtos sem fiscalização higiênico-sanitária. Para isso, foram realizadas 120 entrevistas com perguntas estruturadas em um questionário semiaberto, abrangendo aspectos sobre o consumo de leite e derivados inspecionados e não inspecionados e o conhecimento dos entrevistados sobre as DTA’s. Observou-se que 97% (117/120) das pessoas consumiam leite e derivados, 21% (25/120) das pessoas preferem consumir produtos informais diretamente do produtor, sendo que 8% das pessoas alegaram ter esta preferência por considerarem ser um produto “mais saudável”. Apenas 9% (11/120) das pessoas sabiam o significado dos selos oficiais dos serviços de inspeção federal, estadual ou municipal (SIF, SIE, SIM) e apenas 7% (9/120) dos entrevistados buscam pelo selo no momento da compra de um produto. Após a aplicação do questionário, com intuito de promover a educação sanitária, foi entregue um folder para os entrevistados contendo informações sobre a contaminação do leite, DTA’s e da importância da inspeção dos produtos de origem animal. Tais resultados demonstram que é urgente e necessária a implantação e/ou melhoria de ações educativas em saúde para a população, a fim de reduzir e extinguir o comércio e o consumo de produtos informais que acarretam riscos à saúde pública.

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Publicado

28/06/2021

Edição

Seção

Preventive Veterinary Medicine/Medicina Veterinária Preventiva