ANTICORPOS CONTRA Leptospira spp EM CERVOS-DO-PANTANAL (Blastocerus dichotomus) NA BACIA DO RIO PARANÁ, ESTADOS DE SÃO PAULO E MATOGROSSO DO SUL, BRASIL

Autores

  • G. R. O. GALLI UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP Câmpus de Jaboticabal
  • N. A. ASSIS UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP Campus Jaboticabal
  • J. M. B. DUARTE Docente da UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP Campus Jaboticabal
  • R. GIRIO Aposentado como professor titular da FCAV-UNESP

DOI:

https://doi.org/10.15361/2175-0106.2014v30n2p92-99

Resumo

Objetivou-se verificar a ocorrência de anticorpos contra Leptospira e avaliar espacialmente a dispersão de cervos-do-pantanal (Blastocerus dichotomus) de vida livre, que fossem reagentes, na bacia do Rio Paraná, estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Foram examinadas, por meio do teste de soroaglutinação microscópica (SAM), 217 amostras de soro sanguíneo (77 machos e 140 fêmeas) de cervos-do-pantanal capturados em seis localidades na bacia do rio Paraná, entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Desse total, 130 (59,91%) amostras foram reagentes contra 12 diferentes sorovariedades de leptospiras patogênicas e 87 (40,09%) foram não reagentes. As sorovariedades mais encontradas foram: Autumnalis (20,28% dos animais examinados), Castellonis (13,36%) e Hardjo (11,98%). Os títulos sorológicos obtidos nas amostras reagentes variaram de 100 a 800. Com relação ao sexo, 52 (67,5%) machos e 78 (55,7%) fêmeas foram reagentes, não sendo observada diferença estatisticamente significativa (P>0,05). A comparação entre os animais jovens e adultos sororreagentes revelou que houve diferença significativa (P<0,01) com relação à idade; 65,1% dos adultos e 34,9% dos jovens foram reagentes. Quanto ao local de captura, observou-se que as frequências de reagentes diferiram significativamente. A dispersão espacial, obtida por imagens de satélite aliadas às informações do geoposicionamento de cada cervo-do-pantanal capturado, mostrou distribuição de cervos-do-pantanal reagentes na área estudada.

Biografia do Autor

G. R. O. GALLI, UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP Câmpus de Jaboticabal

Médico Veterinário formado pela Universidade de Santo Amaro (UNISA), SP. Mestrando da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho , Campus de Jaboticabal, SP, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Reprodução Animal, atuando na área de Enfermidades Infecciosas dos Animais Selvagens e na linha de pesquisa: Leptospirose (Diagnóstico Sorológico). Exerce atividades na área de Medicina Veterinária Preventiva, sub-área: Enfermidades Infecciosas dos Animais Selvagens, Medicina da Conservação, Clínica Médica, Cirúrgica, Zoonoses, Saúde Pública e Geoprocessamento.

N. A. ASSIS, UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP Campus Jaboticabal

Assistente laboratorial do departamento de Medicina Veterinária Preventiva no laboratório de Leptospirose e Brucellose

J. M. B. DUARTE, Docente da UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP Campus Jaboticabal

Professor do Depto. de Zootecnia da FCAV-UNESP

R. GIRIO, Aposentado como professor titular da FCAV-UNESP

Professor aposentado do departamento de Medicina Veterinária Preventiva da FCAV-UNESP

Publicado

17/03/2015

Edição

Seção

Preventive Veterinary Medicine/Medicina Veterinária Preventiva