ALTERAÇÕES NOS PERFIS BIOQUÍMICOS HEPÁTICOS E RENAIS DE Didelphis spp. SORORREAGENTES A Leptospira spp. DOS BIOMAS BRASILEIROS CERRADO E CAATINGA

Autores

  • T. R. SILVA Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Câmpus de Jaboticabal
  • A. F. S. NOGUEIRA
  • N. R. N. CRUZ
  • R. F. SANTOS
  • L. A. MATHIAS
  • A. E. SANTANA

DOI:

https://doi.org/10.15361/2175-0106.2015v31n2p04

Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar os perfis bioquímicos hepáticos e renais de Didelphis spp. (gambás) de vida livre sororreagentes à Leptospira spp., provenientes dos biomas brasileiros cerrado e caatinga. Foram colhidas amostras de sangue de nove animais de vida livre para realização do teste de soroaglutinação microscópica (SAM) e das análises bioquímicas de aspartato amino-transferase (AST), alanino amino-transferase (ALT), gama-glutamil transferase (GGT), ureia (UV), creatinina, fosfatase alcalina (F.A.), albumina, bilirrubina total, direta e indireta. Os resultados expressos como média ± desvio padrão foram para Didelphis aurita: creatinina (0,87±0,13 mg/dL), ALT (76,83±32,02 U/mL), AST (103,00±16,82 U/mL), ureia (31,33±12,34 mg/dL), F.A. (65,57±9,57 U/L), GGT (25,50±4,41 U/L), bilirrubina total (0,61±0,22 mg/dL), bilirrubina direta (0,21±0,08 mg/dL), bilirrubina indireta (0,40±0,14 mg/dL) e albumina (2,01±0,02 g/dL). Para D. albiventris: creatinina (1,39±0,18 mg/dL), ALT (51,33±10,73 U/mL), AST (97,42±29,53 U/mL), ureia (34,40±5,68 mg/dL), F.A. (59,70±28,36 U/L), GGT (30,60±10,81 U/L), bilirrubina total (0,62±0,50 mg/dL), bilirrubina direta (0,35±0,40 mg/dL), bilirrubina indireta (0,26±0,19 mg/dL) e albumina (2,26±0,20 g/dL). Para D. marsupialis os valores foram: creatinina (1,14 mg/dL), ALT (94,28 U/mL), AST (110,00 U/mL), ureia (23,00 mg/dL), F.A. (49,75 U/L), GGT (30,60 U/L), bilirrubina total (1,99 mg/dL), bilirrubina direta (0,14 mg/dL), bilirrubina indireta (1,85 mg/dL) e albumina (2,09 g/dL).Todos os animais apresentaram alterações em pelo menos um parâmetro. Não se pode atribuir as alterações exclusivamente à infecção, pois fatores como clima, alimentação, estação do ano e infecção por outros agentes também podem causar variações, porém a análise do perfil bioquímico é importante para avaliar clinicamente o estado de saúde do animal e para o acompanhamento terapêutico. Dados na literatura de parâmetros bioquímicos são escassos, incompletos e até ausentes para algumas espécies de gambás. São necessários mais estudos sobre esta doença nos animais selvagens, contribuindo assim com projetos de conservação, manejo, prevenção e controle desta zoonose. PALAVRAS-CHAVE: LEPTOSPIROSE. ANÁLISES BIOQUÍMICAS. GAMBÁS. AGRADECIMENTOS: Fundação de amparo à pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). ÁREA TEMÁTICA: Doenças infecciosas.

Biografia do Autor

T. R. SILVA, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Câmpus de Jaboticabal

Publicado

01/12/2015

Edição

Seção

II SIMPREV