FREQUÊNCIA DE AGLUTININAS ANTI-LEPTOSPIRA EM EQUÍDEOS ABATIDOS EM FRIGORÍFICO EXPORTADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Autores

  • M. E. C. FURQUIM Unesp - Jabotibacal
  • R. F. SANTOS
  • L. A. MATHIAS

DOI:

https://doi.org/10.15361/2175-0106.2015v31n2p55

Resumo

A leptospirose é uma zoonose de distribuição mundial causada por bactérias do gênero Leptospira spp. Nos equídeos, a não eliminação deste microrganismo dos túbulos renais após a resolução da bacteremia torna tal espécie uma importante fonte de infecção na cadeia epidemiológica da doença. Desta forma, este estudo avaliou a frequência de aglutininas anti-Leptospira em amostras de soro de equídeos abatidos em frigorífico exportador. Foram coletadas 107 amostras de soro equídeo durante o abate. Dessas, 73 eram provenientes de equídeos machos e 34 de fêmeas. Esses animais, sem raça definida, eram provenientes dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Bahia e Mato Grosso do Sul. A Soroaglutinação Microscópica (SAM) foi empregada como método diagnóstico e foram utilizadas 24 sorovariedades de Leptospira spp. Uma proporção de 92,52% dos animais foi reagente a uma ou mais sorovariedades na SAM, com títulos iguais ou superiores a 100. As sorovariedades de maior ocorrência foram Icterohemorrhagiae (71,96%), Cynopteri (38,22%), Grippotyphosa (29,91%) e Pyrogenes (26,17%). Observou-se que 100% dos municípios possuíam animais soropositivos a uma ou mais sorovariedades de Leptospira spp. A partir dos resultados obtidos pode-se confirmar a importância dos equídeos na cadeia epidemiológica da leptospirose, uma vez que a eliminação deste microrganismo através da urina ocorre por muitas semanas após a infecção. Tais resultados também demonstram que estes equídeos foram altamente expostos a diversas sorovariedades de Leptospira spp. Desta forma, a leptospirose equina não deve ser negligenciada, a fim de assegurar a saúde pública e a saúde animal, bem como reduzir os riscos ocupacionais. PALAVRAS-CHAVE: LEPTOSPIROSE. EQUINOS. DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO. ÁREA TEMÁTICA: Epidemiologia

Publicado

15/12/2015

Edição

Seção

II SIMPREV