IDENTIFICAÇÃO DA MICROBIOTA GENGIVAL DE CÃES APARENTEMENTE HÍGIDOS

Autores

  • R. M. PRINA
  • D. F. R. FRIAS Universidade Camilo Castelo Branco
  • D. I. KOZUSNY-ANDREANI Universidade Camilo Castelo Branco

DOI:

https://doi.org/10.15361/2175-0106.2015v31n2p59

Resumo

A microbiota oral de animais é bastante diversificada e pouco estudada, porém, sabe-se que é a percussora de várias doenças para os seres humanos, por isso o objetivo deste trabalho foi isolar e identificar a microbiota da mucosa gengival de cães aparentemente hígidos. Foram coletadas amostras da cavidade oral de 80 cães sem raça e sexo definidos e com idade variando entre três e seis anos. A colheita do material foi realizada por meio de fricção de swab no biofilme dental do canino superior. Quando necessário os animais foram sedados utilizando Acepromazina (dose: 0,05mg/kg) associado a Citrato de fentanila (dose: 0,005mg/kg), por via intramuscular. As amostras foram transportadas ao laboratório e cultivadas nos meios de cultura Tryptic Soy Agar suplementado com extrato de levedura (5mg/mL) e acrescido de sangue desfibrinado de cavalo (5%); Tryptic Soy Serum Bacitracin/Vancimicin, Ágar Bacteroides Bile Esculina; Ágar MacConkey e Agar Sabouraud acrescido de 100μg/ml de cloranfenicol. Cada grupo bacteriano e de fungos isolados foram identificados pelas características morfocoloniais, morfotintoriais e bioquímico-fisiológicas convencionais. Verificou-se nas amostras avaliadas espécies bacterianas Gram positivas, dos gêneros Staphylococcus, Streptococcus, Micrococcus, Lactobacillus, Enterococcus, Propionibacterium, Bacillus e Clostridium; Gram negativas do gênero Escherichia, Pseudomonas, Proteus, Klebsiella e Neisseria, e fungos leviduriformes Candida e Malassezia. Concluiu-se que a cavidade oral de cães aparentemente hígidos é composta por diferentes gêneros bacterianos e de fungos leviduriformes, e que a maioria das espécies bacterianas isoladas são micro-organismos que estão envolvidos frequentemente em doenças de caráter infeccioso, que podem desencadear o desenvolvimento de infecções em feridas causadas por mordidas, tanto em seres humanos, como em outros animais. Por isso, devemos sempre estar atentos à ocorrência de acidentes com mordeduras caninas e também pelo simples fato de receber uma lambedura em uma ferida previamente existente. PALAVRAS-CHAVE: BACTÉRIAS. FUNGOS. MICROBIOTA ORAL. MORDEDURAS. AGRADECIMENTOS: Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO/Fernandópolis ÁREA TEMÁTICA: Saúde Pública

Publicado

15/12/2015

Edição

Seção

II SIMPREV