MICRO-ORGANISMOS ISOLADOS A PARTIR DE PÊLOS DE CÃES E GATOS ASSINTOMÁTICOS OU SINTOMÁTICOS PARA DERMATOFITOSES

Autores

  • F. Z. ARAUJO Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral - FAEF
  • Y. G. MARANGONI
  • M. F. ARABE FILHO
  • M. Z. TRONCARELLI

DOI:

https://doi.org/10.15361/2175-0106.2015v31n2p70

Resumo

As dermatites apresentam elevada prevalência na rotina clínica médica de pequenos animais. Nesse contexto, as dermatofitoses se destacam pela importância, tanto em saúde animal quanto em saúde pública, uma vez que a grande maioria das espécies de fungos apresenta potencial zoonótico. A identificação de fungos por meio do isolamento microbiológico proporciona ao clínico um diagnóstico preciso, auxiliando no direcionamento do tratamento, e favorecendo o prognóstico. O objetivo do presente estudo foi realizar o diagnóstico microbiológico a partir de 20 amostras de pelos de cães e gatos, assintomáticos e sintomáticos para dermatopatias. Dos animais sintomáticos, as amostras de pêlos foram obtidas a partir das bordas de lesões com características sugestivas de dermatofitose. As amostras foram cultivadas em meio ágar-sangue bovino a 5% e Sabouraud dextrose, e incubados a 37°C por no mínimo sete dias, no Laboratório de Diagnóstico Microbiológico Veterinário da FAEF Garça-SP. Os isolados foram identificados segundo características morfotintoriais e de cultivo. Obtiveram-se os seguintes resultados: em três gatos sintomáticos foram encontrados Microsporum spp. (66,6%) e Aspergillus spp. (33,4%); em dois gatos assintomáticos encontraram-se algas (50%) e bacilos ambientais (50%). Já em oito cães sintomáticos, detectou-se Microsporum spp. (37,5%), Aspergillus spp. (12,5%), Cryptococcus spp. (12,5%), bacilos ambientais (12,5%), leveduras (12,5%) e Staphylococcus aureus (12,5%). Além disso, em sete cães assintomáticos, Microsporum spp. (57,1%) e Trichophyton spp. (42,9%) foram encontrados. Conclui-se, portanto, que houve importante prevalência de fungos e bactérias na pelagem dos cães e gatos avaliados, tanto sintomáticos quanto assintomáticos. Considerando o estreito contato entre os seres humanos e os pets, ressalta-se que a presença de agentes potencialmente patogênicos na pelagem dos animais deve ser constantemente monitorada pelos médicos veterinários, com vistas à proteção da saúde animal e saúde pública. PALAVRAS-CHAVE: FUNGOS, BACTÉRIAS, INFECÇÕES. AGRADECIMENTOS: Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral – FAEF, Garça/SP. ÁREA TEMÁTICA: Doenças Infecciosas.

Publicado

22/12/2015

Edição

Seção

II SIMPREV