ASPECTOS SANITÁRIOS DAS CRIAÇÕES DE SUÍNOS EM MOSSORÓ, RIO GRANDE DO NORTE / HEALTH ASPECTS OF SWINE FARMS IN MOSSORÓ, RIO GRANDE DO NORTE

Autores

  • A. I. LEITE Universidade Federa Rural do Semi-Árido - Professor UNESP, Jaboticabal,SP - Doutorando em Medicina Veterinária Preventiva.
  • I. S. DUTRA Unesp/Araçatuba

DOI:

https://doi.org/10.15361/2175-0106.2013v29n4p119

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo realizar um diagnóstico dos aspectos sanitários nas pequenas criações de suínos de Mossoró, Rio Grande do Norte. O município é o maior em área e o segundo mais populoso do Estado, está localizado a oeste do Estado e dista 285 km da capital. A pesquisa compreendeu um estudo descritivo realizado durante o primeiro semestre de 2013, onde foram visitadas 17 criações de suínos, principais fornecedoras de animais para o matadouro do município. Foi utilizado um questionário estruturado contendo informações sobre os aspectos sanitários dos suínos, preenchido por ocasião de visita às criações. Verificou-se que, em todas as propriedades (100%) as criações não possuíam tecnificação, os proprietários tinham média de idade de 58 anos,  pouca escolaridade (64,7% analfabetos ou até quatro anos de estudo) e renda familiar variando de dois a cinco salários mínimos. A suinocultura era a atividade principal em 58,8% das propriedades e o número de animais oscilou de 10 a 400. A maioria do sistema de criação era o confinamento (52,9%) ou semi-confinamento (41,2%) em amplos cercados com piso de terra e saneamento deficiente, sem controle de vetores/roedores (100%). A água, na maioria das vezes, era proveniente de poço (70,6%), sem tratamento prévio e visivelmente poluída. A alimentação era principalmente a base de restos de alimentos humanos e milho. O destino principal das carcaças dos animais mortos ainda acontecia a céu aberto (52,9%). Havia o contato dos suínos com outras espécies animais (aves – 94,1%, cães – 76,5%, caprinos/ovinos – 58,8%, bovinos – 47,1% e gatos – 41,2%). Em 100% das criações não havia programa de vacinação dos animais, nem assistência veterinária e os proprietários nunca participaram de capacitação sobre o manejo sanitário de suínos. Pode-se concluir que as criações de suínos em Mossoró-RN apresentaram precárias condições sanitárias, com riscos para a saúde pública.

 

 

SUMMARY

 

This study performed a diagnosis of the health aspects of small pig farms in Mossoró, Rio Grande do Norte. The city, the largest in the area and the second most populous in the state, is located 285 km west of Natal. The research included a descriptive study conducted during the first half of 2013, when 17 pig farms were visited, all of which leading pig suppliers to the slaughterhouses in the municipality. We used a structured questionnaire containing information on the health aspects of pigs completed during a visit to the farms. It was found that all properties (100%) lacked technology, the owners were 58 years old on average, had low education (64.7% illiterate or up to four years of study) and family income ranged from two five minimum wages. The pig was the main activity in 58.8% of the properties and the number of animals varied between 10 and 400. In most farms the pigs were reared in confinement (52.9%) or semi-confinement (41.2%) systems, in large pens with dirt floors and poor sanitation, without control of vectors/rodents (100%). The water supplied to the animals, untreated and visibly contaminated, came from wells (70.6%) most of the time. The food was based mainly on human food scraps and corn. The carcasses of dead animals were mainly left in the open (52.9%). The pigs were in contact with other animal species (poultry - 94.1%, dogs - 76.5%, goats/sheep - 58.8%, cattle - 47.1% and cats - 41.2%). In 100% of the farms, there was neither a vaccination program for the animals nor veterinary care and the owners never attended training on health management of pigs. It can be concluded that the pig farms in Mossoro, RN, have poor sanitary conditions, with risks to public health.

Publicado

10/10/2013

Edição

Seção

( I SIMPREV )