DESENVOLVIMENTO DE UM ELISA PARA A DETECÇÃO DE ANTICORPOS SÉRICOS CONTRA O VÍRUS DA LEUCOSE BOVINA

Autores

  • C. TOCHETTO Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS
  • A. C. BALBINOT JBS foods, Concórdia, SC
  • K. C. PRIOR Instituto Federal Catarinense, Concórdia, SC
  • D. DEZEN Instituto Federal Catarinense, Concórdia, SC

DOI:

https://doi.org/10.15361/2175-0106.2016v32n1p24-30

Resumo

A leucose enzoótica bovina é uma enfermidade crônica que acarreta prejuízos econômicos ao produtor. Detectar a presença de animais infectados é uma etapa importante no controle desta doença. Portanto, neste trabalho procurou-se investigar a prevalência do vírus na região do Alto Uruguai Catarinense e, paralelamente, desenvolver um ensaio imunoenzimático (ELISA) capaz de discriminar animais sorologicamente positivos e negativos para o vírus da leucose bovina (BLV). Para a padronização do ELISA foram realizadas titulações em bloco do antígeno e de amostras de soros controles. Em seguida, foram analisadas 289 amostras de soro bovino, colhidas em 42 rebanhos leiteiros. Os resultados obtidos foram comparados aos da imunodifusão em gel de ágar (IDGA). A análise dos critérios de comparação permitiu concluir que o ELISA desenvolvido apresentou um desempenho satisfatório e foi capaz de discriminar animais infectados e não infectados. Embora os valores de sensibilidade (80,2%) e especificidade (71,2%) do teste tenham sido menores aos relatados em estudos utilizando kits comerciais ou testes in house, o ELISA desenvolvido pode ser associado à IDGA como teste de triagem, visando diminuir o número de falso-negativos. A prevalência de anticorpos contra o BLV na população amostrada foi de 31% para a IDGA e 45% para o ELISA. Das propriedades, 20 (47,6%) possuíam ao menos um animal positivo no ELISA. Estes dados indicam que a leucose enzoótica bovina (LEB) está amplamente disseminada nos rebanhos leiteiros da região. Portanto, o teste desenvolvido pode servir como uma ferramenta de triagem inicial, contribuindo desta maneira para o monitoramento sorológico do rebanho.

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Publicado

21/12/2016

Edição

Seção

Preventive Veterinary Medicine/Medicina Veterinária Preventiva