PROTOCOLOS ANESTÉSICOS EM TAMANDUÁS-BANDEIRA (Myrmecophaga tridactyla): ESTUDO RETROSPECTIVO (2006 – 2023)

Autores

  • F. N. MATOS Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros
  • A. L. M. COSTA Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros
  • M. G. CAIAFFA Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS)
  • M. L. SILVA Aiuká Consultoria Ambiental, Praia Grande, São Paulo, Brasil
  • C. R. R. GONZAGA Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros
  • S. F. S. LEANDRO Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros
  • M. A. MEDEIROS Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros
  • R. H. F. TEIXEIRA Universidade de Sorocaba (UNISO)

DOI:

https://doi.org/10.15361/2175-0106.2023v39n3p59-63

Resumo

Os tamanduás-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) são animais pertencentes à superordem Xenarthra, possuindo baixo metabolismo e particularidades anatômicas distintas de outros grupos de mamíferos. A espécie é classificada como vulnerável pela Lista Vermelha da IUCN e ICMBio, sendo muito recorrente em instituições de conservação ex situ e em centros de triagem. O objetivo deste trabalho é compilar os dados retrospectivos de protocolos anestésicos, analisando a eficácia da utilização de cetamina associada ao midazolam para a contenção química de tamanduás-bandeira. Foram selecionadas 55 fichas anestésicas de um grupo heterogêneo de tamanduás-bandeira, atendidos entre 2006 e 2023, no Zoológico de Sorocaba, e cujo protocolo anestésico consistia na associação entre cetamina e midazolam em diversas doses administradas via intramuscular (IM). Observou-se que a dose utilizada de cetamina variou de 4 - 12 mg/kg. Já a dose de midazolam variou entre 0,27 - 1 mg/kg. Durante a manutenção anestésica, a média dos parâmetros fisiológicos foi de 78 ± 32 bpm de frequência cardíaca, 10 ± 7 mpm de frequência respiratória, e 33,9 ± 1°C de temperatura retal. O tempo útil médio de trabalho foi de 56 minutos e apenas 11 animais apresentaram recuperação prolongada, acima de 2 horas e 30 minutos. No protocolo analisado obteve-se rápida indução e tempo de trabalho adequado, ainda com possibilidade de prolongamento do protocolo anestésico com auxílio do uso inalatório de isoflurano. Não houve episódios de apneia ou depressão severa dos parâmetros analisados durante os procedimentos.

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Publicado

30/09/2023

Como Citar

N. MATOS, F., L. M. COSTA, A., G. CAIAFFA, M., L. SILVA, M., R. R. GONZAGA, C., F. S. LEANDRO, S., A. MEDEIROS, M., & H. F. TEIXEIRA, R. (2023). PROTOCOLOS ANESTÉSICOS EM TAMANDUÁS-BANDEIRA (Myrmecophaga tridactyla): ESTUDO RETROSPECTIVO (2006 – 2023). Ars Veterinaria, 39(3), 59–63. https://doi.org/10.15361/2175-0106.2023v39n3p59-63

Edição

Seção

Interdisciplinar