RACING PERFORMANCE RECOVERY OF A HORSE SUBMITTED TO ARYTENOIDECTOMY AND VENTRICULECTOMY FOR THE TREATMENT OF RIGHT LARYNGEAL HEMIPLEGIA NOT RESPONSIVE TO LARYNGOPLASTY – CASE REPORT / Retorno à função esportiva de um cavalo submetido à aritenoidectomia...
DOI:
https://doi.org/10.15361/2175-0106.2013v29n1p01-07Resumo
Um equino macho, de 11 anos, da raça Quarto de Milha, utilizado em competições de três tambores, apresentando ruídos inspiratórios foi encaminhado para atendimento. O histórico revelou que os ruídos iniciaram 20 dias antes e que o animal havia sido medicado com meloxican, dexametasona e ceftiofur sódico. Por endoscopia respiratória, diagnosticou-se hemiplegia laríngea direita (grau IV) e esquerda (grau II), condrite das aritenóides e deslocamento rostral do arco palato faríngeo. Oito dias após endoscopia, o equino apresentou dificuldade respiratória, sendo necessária a realização de traqueostomia de emergência. O animal foi encaminhado para o Hospital Veterinário da PUC – Betim, MG, onde foi submetido à cricoaritenoidepexia direita. Cinco dias após constatou-se persistência dos sinais clínicos e por endoscopia observou-se que a assimetria da aritenóide direita não havia sido totalmente corrigida. Em novo procedimento cirúrgico, a aritenoidepexia foi desfeita e realizou-se aritenoidectomia direita associada à ventriculectomia. Uma semana depois, por endoscopia, observou-se obstrução parcial do lúmen da laringe por tecido de granulação exuberante, que foi controlado por tratamento tópico com dexametasona duas vezes ao dia. O equino ficou hospitalizado 88 dias. Cinco meses após a última cirurgia o animal retornou às competições com desempenho semelhante ao que apresentava anteriormente. Foi possível concluir que a associação de aritenoidectomia e ventriculectomia foi eficiente para o tratamento de hemiplegia laríngea direita após insucesso da aritenoidepexia, com retorno do animal a sua função atlética.
SUMMARY
An 11 year-old Quarter Horse stallion, a participant of three barrel racings, was admitted for clinical evaluation because of inspiratory noises. The wheezing had begun 20 days earlier and the animal was treated with meloxican, dexamethasone and sodium ceftiofur. Respiratory endoscopy revealed grade IV right and grade II left laryngeal hemiplegia, arytenoid chondritis and rostral displacement of the cricopharyngeal arch. Eight days after endoscopy, the horse received an emergency tracheostomy because its respiratory problems worsened. The animal was admitted at the Hospital Veterinário of PUC – Betim, MG, Brazil, where it was submitted to a right laryngoplasty. Five days later, clinical signs remained the same and endoscopy revealed that the right arytenoid asymmetry was not totally treated. In a new surgical procedure, the laryngoplasty was undone and the horse was submitted to a right arytenoidectomy associated with ventriculectomy. One week later, endoscopy revealed a partial obstruction of the laryngeal lumen caused by exuberant granulation tissue, which was controlled by topical application of dexamethasone twice a day. The animal remained hospitalized for 88 days. Five months after the last surgical procedure, the horse returned to competitions with an athletic performance similar to its previous one. It was possible to conclude that the association of arytenoidectomy and ventriculectomy was efficient for the treatment of right laryngeal hemiplegia after laryngoplasty failure and the associated techniques also lead to the return of athletic functionality.