MENSURAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL POR PALPAÇÃO DIGITAL DO PULSO PERIFÉRICO EM CÃES ANESTESIADOS
DOI:
https://doi.org/10.15361/2175-0106.2015v31n1p57-62Resumo
Com o presente estudo, buscou-se determinar a acurácia da aferição da pressão arterial (PA) pela palpação digital do pulso periférico (método indireto) em cães anestesiados. A determinação indireta da PA foi realizada com auxílio de manguito e esfigmomanômetro posicionados proximais ao carpo e o valor da PA foi considerado aquele registrado pelo esfigmomanômetro no momento em que a palpação do pulso retornava na artéria metacarpiana após a oclusão e subsequente desinsuflação gradual do manguito. A PA foi mensurada simultaneamente pelo método invasivo (direto). Os dados foram comparados pela análise de Bland Altman para verificar a concordância entre os métodos. Foram realizadas 131, 65 e 56 observações em 31 cães, respectivamente em normotensão, hipotensão e hipertensão. Durante a normotensão, hipotensão e hipertensão, os valores do viés para a pressão arterial sistólica (PAS) entre os métodos foram respectivamente 8, -2 e 12 mmHg, demonstrando subestimação desta variável pelo método indireto na normotensão e hipertensão. Para a PAS, as diferenças entre os métodos que constituíram <10 e <20 mmHg foram respectivamente: hipotensão, 49 e 88%; normotensão, 47 e 79%; hipertensão, 25 e 52%. Quando utilizado para a determinação da PAS em cães, o método de palpação digital do pulso periférico apresenta concordância inferior com o método invasivo em relação ao Doppler e similar em relação à PAS mensurada por diversos monitores oscilométricos relatados na literatura, mas não cumpre as exigências estabelecidas pelo CAMIV. O uso do método de palpação do pulso periférico para a monitoração da pressão arterial em cães durante a anestesia requer outros estudos para determinar com maior precisão a acurácia desse método.Downloads
Arquivos adicionais
Publicado
22/12/2015
Edição
Seção
Small Animal Surgery/Cirurgia de Pequenos Animais