USO DA TERMOGRAFIA E ULTRASSONOGRAFIA POWER DOPPLER PARA AVALIAÇÃO DA RESPOSTA TECIDUAL EM FALHAS ÓSSEAS PREENCHIDAS COM BIOMATERIAL EM OVINOS
DOI:
https://doi.org/10.15361/arsveterinaria.v39i2.1496Resumo
Biomateriais tem diversas indicações como auxiliares no processo de reparação óssea, além de terem função de substituto ósseo em perdas extensas. Diversas são as vantagens de sua utilização, como por exemplo, auxílio na osteocondutividade, estímulo de neovascularização, potencial antimicrobiano, entre outros. Falhas ósseas foram realizadas nas tíbias de seis ovinos da raça Santa Inês e preenchidas com biomaterial à base de quitosana, colágeno e hidroxiapatita. Um membro foi considerado controle e outro membro tratado segundo estudo randomizado. Foram realizadas avaliações termográficas e por ultrassonografia Power Doppler em todos os animais do estudo, semanalmente, nos dias D0, D7, D14, D21, D28, D35, D42 e D56. Não houve diferenças significativas com relação à temperatura mínima, máxima e média entre os grupos com biomaterial e controle nas imagens termográficas. Houveram variações com relação ao tempo dentro de ambos os grupos. Com relação à presença de vasos na ultrassonografia Power Doppler não houve diferenças estatísticas entre os grupos, exceto no dia 21 (P=0,031). Dentro das possibilidades de avaliação que os exames de imagem fornecem, a termografia e a ultrassonografia Power Doppler mostraram-se ferramentas não invasivas de avaliação pós-operatória de processo inflamatório e neovascularização, sendo realizadas semanalmente, permitindo acompanhamento fidedigno e detalhado ao longo do experimento, sem gerar desconforto ou estresse aos animais. Não houve indícios de complicações relacionadas ao biomaterial.