RELAÇÃO DA TEMPERATURA DA ÁGUA COM OS NÍVEIS DE PARASITISMO POR Cichlidogyrus spp. (MONOGENEA: ANCYROCEPHALIDAE) EM Oreochromis niloticus

Autores

  • G. PALA Centro de Aquicultura da UNESP
  • J. C. COSTA Centro de Aquicultura da UNESP
  • S. KOTZENT Centro de Aquicultura da UNESP
  • L. O. ALVES Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal
  • D. N. VARANDAS Trouw Nutrition
  • F. PILARSKI Centro de Aquicultura da UNESP

DOI:

https://doi.org/10.15361/2175-0106.2015v31n2p114

Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar a sazonalidade de Cichlidogyrus spp. parasitando as brânquias de tilápias criadas em tanques-rede e correlacionar os níveis de parasitismo com a temperatura da água. As coletas foram realizadas em duas pisciculturas comerciais, produtoras de tilápia, localizadas no Estado de São Paulo. Uma propriedade situada no Rio Tietê (propriedade 1) e outra no Rio Grande (propriedade 2). Foram coletados mensalmente, 30 peixes de cada uma, no período de setembro de 2013 a agosto de 2014. Após a captura, os animais foram medidos, pesados e mortos por meio de secção da medula espinhal, as brânquias removidas e acondicionadas em formol a 5% e os monogenóideos quantificados. A temperatura foi aferida no final de cada coleta utilizando cinco pontos previamente demarcados em cada piscicultura, usando sonda YSI 55. O teste não-paramétrico de Kruskal Wallis e o teste de Dunn foram utilizados e os dados analisados no software GraphPad Prism 6, para determinar possíveis diferenças de parasitismo nas estações do ano e coeficiente de correlação de Spearman r foi usado para associar o nível parasitismo com as temperaturas. Nas pisciculturas 1 e 2, os valores mais elevados de temperatura foram obtidos no Verão (29,0°C e 29,7°C) e Outono (25,9°C e 26,9°C), assim como os níveis de parasitismo, diferindo significativamente da Primavera (25,4°C e 24,2°C) e Inverno (21,1°C e 22,4°C), demonstrando correlação positiva entre o parasitismo e a temperatura da água na propriedade 1 (r=0,26; p<0,001) e propriedade 2 (r=0,25; p<0,001). O estudo da variação parasitária constitui importante ferramenta na avaliação da qualidade do pescado e do meio aquático no qual estão instaladas as pisciculturas, o que permite um planejamento preventivo exato e eficaz do manejo sanitário, evitando gastos desnecessários com o uso inadequado de medicamentos e consequentes surtos de mortalidade causados por infecções bacterianas decorrente da injúria parasitária. PALAVRAS-CHAVE: PREVENÇÃO. SAZONALIDADE. TANQUES-REDE. AGRADECIMENTOS: As Pisciculturas pelo suporte e fornecimento dos peixes e a Trouw Nutrition pelo apoio financeiro ao projeto ÁREA TEMÁTICA: Doenças Parasitárias

Publicado

22/12/2015

Edição

Seção

II SIMPREV