HEMANGIOSSARCOMA POUCO DIFERENCIADO GRAU II EM SEIO NASAL ESQUERDO DE CÃO: RELATO DE CASO

Autores

  • J. M. ROZOLEN
  • T. F. TEIXEIRA Universidade Brasil FAM UNICSUL

DOI:

https://doi.org/10.15361/2175-0106.2022v38n4p173-179

Resumo

Hemangiossarcoma é um câncer com alto poder de malignidade e metástase, tendo origem em células endoteliais de vasos sanguíneos, é frequentemente encontrado em baço, pele e raramente em cavidade nasal de cães. Foi atendido um cão, SRD, de 13 anos, com secreção nasal hemorrágica em narina esquerda e aumento de volume dorsal ao nariz que se estendia até o seio frontal, com exoftalmia de globo ocular esquerdo, tendo se instalado de forma aguda. Pela radiografia de crânio nas projeções latero-lateral obliqua e dorso ventral, observou-se lise óssea dos seios nasal, frontal e orbital. Colhido material para Citopatologia, o diagnóstico presuntivo foi osteossarcoma. A fim de se planejar o ato cirúrgico, realizou se a tomografia computadorizada de crânio, que evidenciou formação na cavidade nasal esquerda, com expansão até o osso orbital, sem acometimento de linfonodos regionais. A fim de se avaliar a hemostasia e possibilidades de tromboembolismo no pós-cirúrgico, realizou-se o tromboelastograma e o paciente tinha possibilidades de realizar trombo. Ele foi operado com sucesso, removida a maior parte da massa tumoral e utilizada a eletroquimioterapia no leito cirúrgico. O diagnóstico histopatológico foi hemangiossarcoma pouco diferenciado grau 2. O paciente recebeu tratamento com anti-coagulante nos dias seguintes, teve uma recuperação satisfatória e iniciou-se a quimioterapia adjuvante com doxorrubicina após 1 mês da cirurgia, entretanto, ele apresentou quadro de sangramento difuso compatível com CID e veio a óbito. Os hemangiossarcomas são raros na cavidade nasal de cães e parece adotar um pior comportamento nesta região, quando comparado ao baço e pele, inclusive com possibilidade de síndrome para-neoplásica. O trombolestograma tem se mostrado um exame importante para avaliação do equilíbrio hemostático no controle as doenças neoplásicas.

Biografia do Autor

T. F. TEIXEIRA, Universidade Brasil FAM UNICSUL

Departamento de patologia animal e oncologia veterinária

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Publicado

22/12/2022

Edição

Seção

Pathology/Patologia